Quem? Sim. Esse. Jornalista, escritor. Um grande escritor. Era um homem sublime. Era? Ainda é. Ele está connosco. Ele, a sua obra literária e jornalistica. A sua sensibilidade permitia-lhe desviar-se de um caracol para não o pisar e matar – isso mesmo falam no vídeo de homenagem, porque o Manuel faleceu há um ano. Em 19 de outubro de 2012. Morreu? Mas não está ainda connosco? Está. Apesar de ter falecido. Quem? Manuel António Pina. Não conhecem? Wikipédia: “Manuel António Pina (Sabugal, 18 de novembro de 1943 — Porto, 19 de outubro de 2012) foi um jornalista e escritor português, premiado em 2011 com o Prémio Camões. O autor licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas, tendo sido depois cronista do Jornal de Notícias e da revista Notícias Magazine. A sua obra incidiu principalmente na poesia e na literatura infanto-juvenil, embora tenha escrito também diversas peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco. A sua obra se difundiu em países como França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.” Manuel era este grande homem e escritor. Era e é. Continua connosco. Foi homenageado, ontem, 19 de outubro de 2013. Disse o Jornal de Notícias, ontem: “O diploma do Prémio Camões, que foi atribuído a Manuel António Pina em 2011, foi, este sábado, entregue à família do escritor. Esta foi uma das homenagens que se prestaram a Pina, no dia em que se assinala um ano desde a sua morte.” E há um vídeo, no JN, em que de relance falam dele. De livros do Manuel (que foram muitos) saiu do prelo o último no ano em que morreu, 2012. Morreu? Não. Manuel continua connosco. Está connosco. É um livro de poesia chamado “Todas as Palavras”. Basta de palavras.
Ana Castelar
BALNEÁRIO PÚBLICO 