O novo “mealheiro” do governo

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Pires de Lima, o ministro que em outubro passado anunciou o “milagre económico”, declarou em entrevista ao El País que “Com as medidas incluídas no Orçamento do Estado para 2014, espero que não sejam necessários mais sacrifícios no setor público. Não é possível cumprir o objetivo de baixar os impostos em 2015 sem controlar a despesa pública.” Interessante. Nestes anos têm usado e abusado do “mealheiro” dos reformados e agora, esgotados que estão os recursos de sobrevivência de muitos idosos pensionistas, o governo virou-se para o “mealheiro” dos funcionários públicos com toda a gana. Relativamente aos funcionários públicos a realidade é esta: “Depois de três anos de reduções salariais entre 3,5% e 10%,que se aplicavam a partir dos 1500 euros, os trabalhadores do Estado tiveram, já este mês, um corte agravado, entre 2,5% e 12%, nos salários a partir dos 675 euros. Segundo a consultora PricewaterhouCoopers, os cortes previstos para este ano levarão a que, no caso dos ordenados mais elevados, a perda de salário real entre 2010 e 2014 possa chegar quase aos 19%”, podemos ler em Dinheiro Vivo. O que aquele ministro não diz, nem os outros, nem fazem, é cortar nas mordomias dos que andam a empanturrar-se nas gamelas do Estado. Os ministros, os deputados, os boys e as girls, as cunhas, as negociatas, a corrupção, os conluios… Nisso não há cortes. Por isso se disse e se diz: É fartar vilanagem. Destas “conversas” os portugueses estão fartos. Os roubos são descarados e não se vislumbra que a bem, democráticamente, nos livremos desta súcia de vigaristas. Não vai a bem…

Otávio Arneiro

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