Maldita cocaína

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Referem hoje nos jornais que “Estudo da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, com base na recolha de amostras de águas residuais da capital, conclui que no intervalo de um mês, em 2011, foram consumidas 7490 doses de 100 miligramas de cocaína impura.No Expresso. No desenvolvimento da notícia adiantam que “Um valor que o coordenador do estudo acredita ficar abaixo do que seria encontrado casos os dias das colheitas coincidissem com os fins de semana. Embora Álvaro Lopes sublinhe também que a zona rastreada, além de parte de Benfica, Amadora e Oeiras, integra o Bairro Alto, Santos, Cais do Sodré e Docas, logo, áreas onde Lisboa concentra vários  estabelecimentos de diversão nocturna.” E seguem com mais texto. Vá ler se achar que lhe interessa. O que aqui podemos concluir sobre isto é que a maldita cocaína lisboeta subiu no consumo e isso não é compatível com a crise em termos de falta de dinheiro. O dinheiro que não temos. Então como é que compram a cocaína? Tem de haver uma explicação plausivel. Posta a questão, assim deste modo, a um toxicodependente conhecido e credível (engenheiro, empregado e com bom ordenado) ele avançou que “há esquemas”. Esquemas? Mas que esquemas são esses que viabilizam aos que estão sem dinheiro conseguirem comprar e consumir cocaína caríssima? Esquemas? Que esquemas? O engenheiro, toxicodependente respondeu com ironia para depois pôr tudo mais evidente, assumindo um sorriso maroto: “É fácil, são esquemas. O método é o mesmo que o daqueles políticos que conseguem ter níveis de vida – e proporcionar às famílias – em muito superiores ao que aparentemente e legalmente auferem. Brutas casas, brutos automóveis (até para as/os serviçais), os filhos em grandes colégios e universidades, boas jóias e vestidos, bons fatos, camisas e calçado, piscinas, amantes, etc. etc. Isso conseguem através de esquemas. Não roubam. São esquemas.” Ai aquele sorriso maroto com laivos de uma boa moca. Esquemas? Roubam! Intrujam. Corrompem e são corrompidos. Maldita cocaína lisboeta. Não só lisboeta, afinal. Disso, desses esquemas, há por toda a parte. Está visto e é sabido. E a justiça, senhores?

Zara Bettencourt

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